Uma das principais causas de cegueira em pessoas adultas ao redor do mundo, o GLAUCOMA é uma doença ocular bastante séria relacionada à alta pressão interna do olho. Ela provoca pequenas lesões no nervo ótico e, como consequência, há comprometimento da visão que pode, eventualmente, evoluir para cegueira.

De acordo com dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, é estimado que aproximadamente 2% a 3% da população acima dos 40 anos de idade tenha GLAUCOMA no País. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a expectativa é que existam 80 milhões de pessoas com o problema em 2020 e o número ultrapasse os 110 milhões em 2040.

Apesar de a CATARATA ser a principal causa global de cegueira, trata-se de um problema reversível. Já o GLAUCOMA não tem cura: a visão perdida é irrecuperável.

Possíveis causas

Os aspectos que levam ao aumento da pressão interna do olho são vários e ainda não são completamente compreendidos.

A pressão intraocular pode estar alta devido ao aumento da produção do humor aquoso ou pela dificuldade de escoamento dele. O humor aquoso é um líquido transparente e incolor produzido dentro do olho formado por água e sais que serve nutrir o cristalino e a córnea. Na maioria dos casos, essa pressão elevada é o que provoca danos no nervo óptico. Há também o GLAUCOMA causado pela variação constante da pressão, de causa congênita ou medicamentosa.

Podemos dividir o Glaucoma em 4 tipos:

  • Glaucoma de ângulo aberto (crônico): é o tipo mais comum e tende a ser hereditário. Os sinais incluem perda gradual de visão periférica, normalmente em ambos os olhos.
  • Glaucoma de ângulo fechado (agudo): essa variação da doença costuma aparecer com muita dor ocular, náuseas e vômitos (que acompanham a dor ocular), surgimento súbito de visão embaçada, halos ao redor das luzes e vermelhidão do olho.
  • Glaucoma congênito: é raro e transmitido geneticamente. O início do tratamento deve ser imediato.
  • Glaucoma secundário: o GLAUCOMA secundário costuma ser causado principalmente pelo uso de medicamentos, como uso excessivo de corticosteroides, por traumas ou por doenças oculares e sistêmicas, como a Diabetes.

Fatores de risco

  • Histórico familiar: Quem tem pais ou avós que tiveram GLAUCOMA estão em maior risco e precisam fazer consultas de rotina com o oftalmologista, especialmente por ser uma doença que pode não apresentar sintoma algum – de acordo com o Ministério da Saúde, o tipo de ângulo aberto é lento e assintomático e responde por 90% dos casos.
  • Idade: O problema também é mais comum em pessoas de idade, aparecendo com mais frequência em pacientes acima dos 40 anos. No entanto, o olho com GLAUCOMA pode ocorrer em qualquer faixa etária.

Tem cura?

  • O GLAUCOMA não tem cura e a perda de visão é irreversível. No entanto, os tratamentos existentes são muito eficazes para interromper a progressão da doença.
  • A principal forma de tratamento atual é por meio de colírio para GLAUCOMA ou até comprimidos específicos e prescritos pelo especialista.

Cirurgia de Glaucoma

Em casos congênitos ou de ângulo fechado agudo, o oftalmologista pode realizar uma pequena cirurgia. Vamos citar alguns procedimentos:

  • Terapia com Laser: a Trabeculoplastia a Laser visa tratar GLAUCOMA de ângulo aberto. Feita no consultório médico, esse procedimento usa pequeno raio laser para abrir canais entupidos no trabéculo. Pode demorar algumas semanas até que o efeito total se torne aparente.
  • Cirurgia de Filtragem: com um procedimento cirúrgico chamado Trabeculectomia, o cirurgião cria uma abertura no branco do olho e remove parte da malha trabecular.
  • Tubos de drenagem: neste procedimento, o oftalmologista insere um pequeno tubo de drenagem no olho e retira o excesso de líquido para reduzir a pressão ocular.
  • Cirurgia de Glaucoma minimamente invasiva: esses procedimentos geralmente requerem menos cuidados pós-operatórios imediatos e apresentam menor risco. Eles são frequentemente combinados com a cirurgia de catarata. Há um número de técnicas disponíveis e cabe ao médico discutir qual pode ser a certa para você.
  • Iridectomia periférica: em casos urgentes de GLAUCOMA, é feito um procedimento para aliviar rapidamente a pressão ocular, chamado iridectomia periférica a laser, em que o médico cria uma pequena abertura na íris usando um laser. Isso permite que o humor aquoso flua através dele.

Prevenção

Por ser quase sempre assintomático, o GLAUCOMA é muitas vezes percebido apenas em consultas oftalmológicas de rotina. Devido a esse diagnóstico precoce, é tão importante ter periodicidade nas visitas a esse especialista. Além disso, há medicações que podem provocar GLAUCOMA como, por exemplo, a cortisona. Todos os pacientes que fazem uso destes remédios devem ser avaliados por um oftalmologista rotineiramente.


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